Arquivo do mês: outubro 2009

Trabalho e tradição

Com Salão de Beleza feira em improvisado, imigrante boliviano completa Renda da Família

Por Nathália Duarte

No fim da rua que Abriga uma Praça kantuta, na Zona Norte de São Paulo, uma incomum barraca. Coberto com uma espessa lona azul, com muitos espelhos e fotos de cortes de cabelos nas “paredes” improvisadas funciona o salão de beleza de Wilson Martinez, 29 anos.

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Martinez chega a cortar cem cabelos por fim de semana em seu "salão" na Kantuta

Ele saiu da Bolívia aos 17 anos e veio para o Brasil com um grupo de amigos curiosidade, por. Acabou ficando. Aqui, se casou com uma boliviana e um filho tem. E para completar a renda que sustenta a família, chega a cem realizar cortes de cabelo a R $ 6 aos fins de semana, na praça que é, segundo ele mesmo, “um pedaço da Bolívia no Brasil”.

 

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Wilson Martinez encontrou no Brasil, há 12 anos, seu novo lar

Quem vê um de habilidade com Martinez como pequenas tesouras não imagina que durante uma semana, na cidade de Americana, interior de São Paulo, onde mora, o “trabalha em cabeleireiro” uma confecção de roupas. É esse o destino de grande parte dos bolivianos que vêm para o Brasil em busca de uma vida melhor.

Como grande parte dos imigrantes Não possui nenhuma qualificação profissional, como cooperativas de costura acabam sendo uma das únicas opções de trabalho. Muitos deles, inclusive, são procurados antes de sair da Bolívia para virem trabalhar com isso. “Sai da propaganda [] na televisão, jornal periódico e falando do trabalho para costura com bolivianos no Brasil”, conta Alícia Flores, há 20 anos no Brasil.

A Pastoral do Imigrante estima que dos cerca de 90% dos Imigrantes bolivianos vivam da costura. “O Sistema de Produção da costura é muito explorador, como é o corte da cana. Você trabalha por produção e quanto ganha por Produz, por isso eles são Obrigados a trabalhar muito pra ganhar pouco “, explica padre Mário Geremias. As Regiões localizadas nas confecções do Brás e Bom Retiro donos tinham como, geralmente, coreanos. Os bolivianos chegavam a trabalhar 20 horas diárias, ea ganhar cerca de 10, 15 ou, no máximo, 20 centavos por Peça produzida.

Apesar da situação de exploração, Carlos Garcia, há 38 anos no Brasil, presidente da Associação Gastronômica Cultural e Folclórica Boliviana Padre Bento, considera que o trabalho é, pelo menos, uma oportunidade para o povo boliviano. “Eles estão melhor aqui do que lá: ganham dinheiro e Têm moradia e alimentação.”

Hoje, devido à fiscalização a esse tipo de trabalho por parte de autoridades, um diminuiu exploração: os bolivianos chegam a ganhar de R $ 3 a R $ 6 por Peça. Além disso, muitos imigrantes já melhoraram sua condição financeira. Encontrar É possível, inclusive, que são empresários bolivianos e se tornaram donos das Próprias cooperativas de costura.

Martinez, assim como tantos outros, também não sabia costurar, aprendeu aqui, mas ressalta que gosta do que faz. “Em Americana não é tão difícil quando aqui em São Paulo. Eu trabalho de oito horas um dez, mas sou autônomo. Histórias que são comuns exploração principalmente aqui em São Paulo, na capital “, diz.