Associação desenvolve atividades para resgatar cultura dos imigrantes
Por Nathália Duarte
Há 28 anos no Brasil, Fred Vargas, 69 anos, veio em busca de trabalho como médico, profissão em que se formou em seu país natal. Hoje, ele é mais do que um dos 250 mil bolivianos que vivem em São Paulo. Vargas é presidente da Associação dos Residentes Bolivianos em São Paulo, que existe há 40 anos.
Fred Vargas, presidente da Associação dos Residentes Bolivianos em São Paulo
O grupo surgiu da necessidade de atividades que resgatassem a cultura dos imigrantes, com o aumento significativo dos bolivianos que se mudaram para o Brasil. “Com a grande quantidade de bolivianos aqui, percebemos a necessidade de realizar eventos que assegurassem a manutenção da nossa cultura de origem mesmo em um país tão diferente. Hoje a associação realiza festas ao longo do ano e apóia semanalmente a feira. Isso faz com que nos sintamos inseridos em nossa comunidade, apesar do anos no Brasil”, diz.
Vargas conta que, com o passar dos anos, o processo de migração passou por mudanças. “Por volta das décadas de 1950 e 1960, vieram bolivianos profissionais à procura de emprego em sua área de especialização. Mais tarde, começaram a imigrar pessoas mais humildes, que trabalham na costura. Esse é o trabalho mais duro.”
Kantuta - Um pedaço da Bolívia em São Paulo 